Inovação
05.01.2018A educação em Rondônia este ano se
modernizou ainda mais, sonhou alto e colheu importantes resultados. Foi
atrás daqueles que há muito tempo estavam longe da sala de aula, investiu na
inclusão, trouxe ainda mais para dentro da escola a população tradicional; apostou
no resgate dos valores e da disciplina através das escolas militares; rompeu
com a forma convencional de ensino para oferecer aos estudantes uma
aprendizagem atrativa onde a cultura e o esporte ganharam mais espaço.
Mobilizou os educadores para trabalhar de
forma alinhada as políticas públicas da educação. ”Investimos em
capacitação continuada aos educadores para que eles estejam o tempo todo se
aperfeiçoando e realmente promovendo um ensino de qualidade através da oferta
de mais de cinco mil cursos na modalidade a distância’’, afirma o
secretário de Estado da Educação, Waldo Alves.
A educação se consolidou
como estratégica para o avanço de Rondônia. ‘‘Nós temos um governador
visionário que motiva muito a educação. E é por isso que nós vemos grandes
investimentos nas escolas como a aprovação de leis de extrema importância como
a do Proafi [Programa de Apoio Financeiro às Escolas] que manda o recurso
direto para escola e é administrado pelo Conselho Escolar e pela administração
da escola. Uma descentralização que traz um avanço gigante”, afirma o
secretário.
Com o Proafi adicional foram construídos 11
refeitórios, oito auditórios e 12 salas de aula. O Estado investiu também na
melhoria da infraestrutura das escolas com a reforma geral de escolas Flora
Calheiros Cotrin e Brasília que fazem parte do Projeto Guaporé de Ensino
Integral. Ainda passaram por reforma e ampliações as escolas Mundo Mágico,
Mário Castagna; o alojamento da escola de Nazaré; Tiradentes II e Heitor Vila
Lobos.
E com recurso de emendas parlamentares também
foi possível construir as quadras para prática de esporte nas escolas Mariana,
Brasília; Iria dos Reis; Barão dos Solimões e Machadinho do Oeste. Também foram
construídos mais quatro refeitórios e 11 auditórios. A Seduc construiu as
quadras das escolas Raimundo Mesquita e Floriano Peixoto e o auditório da
escola José Francisco dos Santos.
‘‘Estamos em um processo de transformação e
em busca do nosso modelo rondoniense de educação. Em 2017 tivemos avanços
significativos no processo organizacional na própria secretaria e na maneira de
se fazer educação como também a mobilização tecnológica’’, afirma o secretário.
Ele assumiu a educação do Estado em janeiro deste com uma missão desafiadora:
agilizar os processos da secretaria que travavam o andamento da educação.
Para se ter uma ideia um mesmo setor estava
dividido em três andares. O secretário aponta ainda que havia uma grande
morosidade processual, dificuldade de encontrar documentos, mas a secretaria
passou por reordenamento e hoje os processos estão muito mais ágeis.
Em
2017 também houve avanços em programas pedagógicos. 2.879 de nove
escolas foram inseridos no projeto Guaporé de Educação Integral que além do
currículo básico, envolve eixos temáticos, como acompanhamento pedagógico e do
rendimento escolar, educação ambiental, esporte e lazer, arte e cultura. Outras
28 escolas passaram a fazer parte do Programa Ensino médio Inovador, atingindo
9.625 estudantes. Além de dez escolas de ensino integral do Programa
Escola do Novo Tempo com 4.160 alunos beneficiados. E mais uma em fase de
implantação no município de Vilhena.‘‘Estamos no sistema SEI, trabalhando 85% sem
papel, estamos em processo de digitalização de toda a documentação da
secretaria. Isso deu mais celeridade, as coisas chegam mais rápido no interior,
investimentos chegam mais rápido. Antes, muitas vezes chegava ao final do ano
sem que a educação conseguisse aplicar os 25% de recurso devido a morosidade
processual. Coisa que não acontece mais’’, avalia o secretário.
O governo deu início esse ano ao Asas do
Saber na escola estadual Lydia Johnson de Macedo, em Porto Velho, que que tem
público-alvo estudantes que haviam abandonado a escola. ‘‘Eu fui acordado
às 4h da manhã com o governo sensibilizado dizendo que queria resgatar os
alunos que estavam fora da sala de aula. O governador falou que a gente
precisava atrair esses meninos em uma escola que o aluno tivesse vontade de
estudar’’, relata.
A partir daí teve início uma pesquisa nos
bairros mais vulneráveis de Porto Velho para entender mais sobre esses alunos
que haviam abandonado a sala de aula. Foi constatado que havia sim aqueles que
desistiram para ingressar no mercado de trabalho, mas outros abandonaram a
escolha por acharam o ensino chato. ‘‘A escola Lydia Johnson do Asas do Saber é
uma escola diferenciada, as salas de aulas são ilhas de estudo, tem disciplinas
não convencionais como teatro e arte circense e os alunos ganham um ajuda de
custo de R$ 200’’, afirma. A ideia é que esse projeto piloto seja replicado no
Estado.
A rede estadual de ensino chega ao fim de
2017 com seis escolas militares. ‘‘É importante esclarecer que diferente de
outras escolas do país que têm doutrina exclusivamente militar, em Rondônia
temos um modelo hibrido porque é uma gestão compartilhada, o vice-diretor, os
professores e a metodologia de ensino continuam sendo da Seduc e os policiais
trabalham respeito e disciplina, um modelo que deu muito certo’’, afirma o
secretário.
O secretário explica que esse modelo é uma
das opções para a educação de Rondônia e que é direcionado para as escolas
inseridas em um contexto de vulnerabilidade. ‘‘O que nós estamos dando são
opções para a comunidade e não militarizando todas as escolas. Tem aluno para
escola integral, assim como tem aluno para escola militar’’, assegura Valdo.
A Seduc investiu ainda mais em inclusão de
alunos com alguma necessidade especial. ‘‘Estamos capacitando professores em
Libras, temos cuidadores em sala de aula, os investimentos estão sendo feitos
em compra de materiais e equipamentos’’, conta o secretário. E também abriu as
portas das escolas para a população tradicional: ribeirinhos, quilombolas e
indígenas. ‘‘O governador tem quebrado muros para que a educação
possa fluir para todos’’, considera.
O reflexo de toda essa mobilização para dar
um salto na aprendizagem em Rondônia é o desempenho dos estudantes em
competições de conhecimento estaduais, nacionais e até de fora do Brasil. Os
estudantes rondonienses participaram em 2017 da 15ª Feira Brasileira de Ciências
e Engenharia, II Encuentro Latino Americano Semilleros Jovenes Investigadores;
32ª Mostra Brasileira e Internacional de Ciência e Tecnologia e Feira de
Tecnologias, Engenharias e Ciências do Mato Grosso do Sul e da 23ª
Ciência Jovem.
‘‘Estamos investindo para que o aluno tenha
um ambiente escolar adequado, nós estamos investindo nos nossos alunos e
fazendo com que eles sonhem. Rondônia hoje é o Brasil que dar certo’’, avalia o
secretário. Se muito foi feito, ainda há mais investimentos em andamento como a
revitalização de mais escolas.
‘‘2017 foi o tempo de plantar, de organizar a
casa, de alinhar a equipe. As infraestruturas foram construídas, nós preparamos
o barco e em 2018 vamos avançar de forma inimaginável na educação. O governo
Confúcio Moura deixou a casa pronta. O que nós fizemos será visto em médio e
longo prazo. Eu tenho a plena certeza que nos próximos anos Rondônia estará em
mídia nacional pelos destaques positivos”, considera o secretário.