Tocantins
28.10.2020Com o objetivo se sensibilizar as mulheres para a prevenção e diagnóstico precoce, cuidar do corpo e da mente e dedicar tempo para a realização de exames de prevenção, A Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) realizou, na manhã desta segunda-feira, 26, uma live com o tema “Outubro Rosa: Quem ama, se cuida!”
Assunto como a sensibilidade da mulher, voltada para a necessidade de autoconhecimento, no ato de tocar-se, prevenir-se e cuidar-se foram enfatizados por todos os participantes do evento.
A secretária de Estado da Educação, Juventude e Esportes, Adriana Aguiar, destacou a importância dos bons exemplos que podem ser considerados fundamentais nas diversas fases de uma doença, apontando o depoimento da professora Aurileuda. “Nós, professores, somos exemplos em cada gesto que praticamos. Isso é importante para impactar as pessoas, mesmo que seja pequeno. Quero que cada servidor que ainda não fez o seu exame, que o faça. Precisamos fazer a nossa parte, mostrando que nos amamos, que nos cuidamos. Queremos, nesta data, tocar o coração de cada um, que a partir dessa programação, possamos pensar e agir sobre o que podemos fazer, para garantir nossa prevenção. Gostaria de salientar que, durante essa programação, se você se lembrou de alguém que passou por situação semelhante, por alguma dificuldade, que pegue o contato dessa pessoa e transmita uma mensagem a ela. Pois a pessoa que superou o câncer, além de ser motivada, continua motivando alguém a lutar pela vida. Qualquer dia é muito importante para passar uma mensagem de paz para o nosso semelhante”, destacou.
Tatiana Coelho Pedreira, médica oncologista, proferiu um discurso explicando sobre o câncer, o diagnóstico e a prevenção. “O câncer não espera e vocês também não podem esperar! O câncer de mama não pode ser comparado ao câncer comum. Há algumas particularidades em cada tipo de câncer, que exige o tratamento conforme se apresenta. Há uma biologia molecular nesse tumor que faz determinar o tipo de tratamento para cada tipo. Entre os fatores de riscos para no câncer, podemos destacar a idade, a genética, o estilo de vida, a obesidade, o tabagismo, má alimentação, terapia de reposição hormonal. É importante informar que quem faz a reposição hormonal, que não faça isso por um longo período de tempo”, ponderou.
Em depoimento, Maria Aurileuda F. de Vasconcelos, servidora da Seduc, destacou os momentos que passou com a doença, desde o diagnóstico até a cura. “Minha história é emocionante e forte. Eu descobri o diagnóstico sem que ninguém da minha família tivesse histórico da doença. O primeiro momento foi o da desconfiança. É a hora que a gente se sente em um deserto. Entretanto é bom lembrar que esse deserto não dura para sempre. Comigo foi tranquilo, no período de 30 dias, de detecção da doença, eu já estava na Seduc trabalhando normalmente. Ao perceber o resultado do exame, vi que era algo que estava no início. Esse momento foi de decisão, de lutar pela minha saúde, pela minha vida ou parar com tudo. Então descobri que eu era mais forte do que eu pensava. A doença me mostrou um momento que eu precisava parar. Vi que não temos superpoderes. Após a cura do câncer, eu tive uma cura emocional. Eu descobri que a gente tem que viver um momento de cada vez. Os médicos me disseram que a cura tinha chance de ocorrer em no máximo 6 meses, pois o diagnóstico foi descoberto bem no início. O resultado foi ótimo, não precisei fazer a quimioterapia. A radioterapia resolveu. Eu mesma ia para o tratamento e dirigindo sozinha, cantando. Foram 20 dias de tratamento. O momento mais emocionante foi a hora de tocar o sininho, que é o momento final do tratamento. A calma é muito importe nessa situação. Eu mantive a calma. Eu posso dizer que meu tratamento foi de primeira linha. Não saí do Tocantins, fiquei no seio familiar, minha família foi fundamental nesse processo de tratamento. Graças a Deus, tive a força de vencer. Digo a você, mulher! Lute o máximo que você puder, sem parar, que a vitória vai chegar”, pontuou.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), do ano de 2018, apontam que o Tocantins tem uma taxa estimada de 23,68 casos de neoplasia maligna da mama feminina, para cada 100 mil mulheres.
Segundo o Instituto Oncoguia, diagnosticar o câncer precocemente aumenta as chances de cura, sendo que 95% dos casos identificados em estágio inicial têm possibilidade de cura. Por isso, a necessidade de exames preventivos, como a mamografia, sendo o principal método para o rastreamento da doença.