Durante os dias 21 a 31 de março, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em parceria com as secretarias estaduais de Saúde Pública (Sespa) e Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) e o 4º Distrito Naval da Marinha do Brasil, realizaram uma ação de prevenção aos acidentes de escalpelamento provocados por motores de barcos. A iniciativa busca garantir um retorno às aulas de maneira segura para quem reside no Arquipélago do Marajó.

O evento foi organizado pela Comissão Estadual de Enfrentamento aos Acidentes de motor com Escalpelamento (CEEAE) e iniciou pelos municípios de Breves, Curralinho e São Sebastião da Boa Vista. A programação conta com palestras nas escolas sobre a segurança na navegação, capacitação de professores e técnicos das redes municipal e estadual de ensino e a orientação de proprietários de embarcações e barqueiros que realizam o transporte escolar na região.

De acordo com a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA), durante o ano de 2021, foram registradas 16 ocorrências de escalpelamento, sendo o maior número de casos dos últimos dez anos. As pessoas que passam por essa situação precisam lidar com diversas consequências, sejam elas físicas, emocionais e sociais, além da discriminação e o desemprego. 

O titular da Coordenação de Educação Especial da Seduc (Coees), Felipe Linhares, explicou sobre o compromisso do setor com alunos vítimas desses sinistros e o que tem sido colocado em prática na ação. “O processo de conscientização das comunidades e dos professores, busca combater práticas que favorecem os acidentes, trabalhando na perspectiva da prevenção e conscientização. Até porque as crianças e adolescentes, em sua maioria, são os mais afetados por esse tipo de acidente e atendidos na Santa Casa, em Belém, que é um dos hospitais conveniados com a Seduc em que realizamos o serviço de Classe Hospitalar”, ressaltou.

O dirigente disse, ainda, que o Programa Classe Hospitalar e Atendimento Domiciliar da Coees (CHAD), através da Seduc, garante às vítimas de escalpelamento a continuação da sua escolarização. “Devido à essa relação de proximidade, nós estamos engajados não só no acompanhamento educacional desses alunos que estão em tratamento, como também empenhados na comissão para que toda as ações do Estado tenham êxito, e a gente venha a reduzir e porque não dizer acabar com qualquer tipo de dado ou incidente que aponte para esse tipo de situação”, complementou Felipe Linhares. 

Com a colaboração de Yasmin Seraphico (Ascom/Seduc)

Foto: Ascom/Seduc