Pará
28.04.2022A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e a Universidade do Estado do Pará (Uepa), por meio do Centro de Ciências e Planetário do Pará, firmaram um acordo para a implementação do projeto de extensão “Ciência Móvel: diálogos e práticas em educação científica e a popularização da ciência”. A iniciativa será desenvolvida nas 22 escolas jurisdicionadas à 10ª Unidade Seduc na Escola (USE), que abrangem 13 mil alunos em diversos bairros de Belém.
Nesta quarta-feira (27), dando início à parceria, educadores, coordenadores pedagógicos e diretores foram convidados a conhecer o planejamento das ações que serão executadas nas escolas. O projeto “Ciência Móvel” vai englobar professores das disciplinas de Biologia, Física, Matemática e Química, que lecionam para turmas do Ensino Fundamental I - II e Ensino Médio da rede pública estadual.
Por ser um projeto piloto, a ideia é que esses profissionais da educação frequentem o Centro de Ciências e o Planetário do Pará, para desenvolver atividades pedagógicas e levar esse conhecimento aos seus alunos. Além disso, a iniciativa busca implementar atividades investigativas e experimentais sobre o ensino de ciências para aperfeiçoar o trabalho dos professores, dessa forma, integrando e fortalecendo a parceria entre as instituições públicas e a comunidade escolar.
“Com essa parceria, vamos motivar os nossos alunos, selecionar novos talentos dentro das nossas escolas e, principalmente, incentivar os professores a voltarem a estudar, para que eles tenham uma progressão tanto vertical como horizontal, através do mestrado profissional que será oportunizado em breve. Vale ressaltar que a escola que adotar o projeto vai ter acesso ao planetário e aos demais materiais pedagógicos do espaço, para expor em seus espaços de aprendizagem. Portanto, essa ação é de grande relevância, por levar a ciência para dentro das escolas, da USE e para mais próximo da comunidade, estimulando a ciência e tecnologia”, destacou a gestora da 10ª USE, Ione Silva.
APERFEIÇOAMENTO
A professora de Biologia na Escola Estadual Palmira Gabriel, Claudete de Souza, afirma que o projeto vai somar com as ações que já vêm sendo desenvolvidas. “Trabalhamos desde cedo com nossos alunos o ensino e a pesquisa, a iniciação científica e acredito que o “Ciência Móvel” vai contribuir ainda mais com todo o trabalho pedagógico que tem sido realizado na unidade escolar”, frisou.
De acordo com o coordenador do Programa de Mestrado Profissional em Educação e Ensino de Ciência na Amazônia (Uepa), Ronilson Freitas, a dificuldade de aprender e ensinar ciências naturais é comum no Brasil. “Para reverter essa situação é necessário a cooperação e dialogar com vários agentes. A Uepa, por meio das ações de pós-graduação, o Centro de Ciências e Planetário do Pará, a Seduc, o Centro de Formação dos Profissionais de Educação Básica do Estado do Pará (Cefor) e toda a comunidade escolar, avançam com essa iniciativa para encontrar a solução dessas problemáticas no processo de ensino-aprendizagem”, enfatizou.
MESTRADO PROFISSIONAL
O dirigente disse, ainda, que o projeto “Ciência Móvel” vai possibilitar que os educadores tenham mais proximidade com a pesquisa científica e possam concorrer às vagas de pós-graduação na Uepa. “O mestrado profissional abre , anualmente, vagas para novos candidatos e se dá por meio de um processo seletivo. Portanto, a iniciativa vai oportunizar também que eles melhorem suas práticas pedagógicas no dia a dia, por meio de pesquisas, já que o mestrado profissional vai favorecer tudo isso para eles”, complementou.
Segundo a professora do Programa de Mestrado Profissional em Educação e Ensino de Ciência na Amazônia (Uepa), Bianca Venturieri, além das atividades experimentais e investigativas, o projeto também engloba ações de formação para os professores participantes. “Hoje, eles conheceram a importância do projeto, o público-alvo e como vai se dar essa cooperação nas escolas. Além disso, aproveitamos a oportunidade para motivá-los pela pesquisa científica e a interagir ainda mais com o Centro de Ciências e Planetário do Pará”, afirmou.
Por Vinícius Leal (SEDUC)