Tocantins
18.04.2022Lideranças indígenas, professores e conselheiros de educação do povo Xerente se reuniram nesta quarta-feira, 13, com o secretário executivo da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Edinho Fernandes, e com gestores de educação básica. Na ocasião, eles apresentaram as principais demandas educacionais das escolas indígenas. A Seduc está trabalhando em um plano estratégico de melhoria das unidades de todas as comunidades do Tocantins.
O território Xerente está localizado próximo ao município de Tocantínia e é dividido em regiões onde se encontram as aldeias. Representantes de todas essas comunidades apresentaram as suas solicitações na companhia do prefeito da cidade, Manoel Silvino, o qual lembrou que os indígenas têm demandas acumuladas ao longo do tempo. “É um povo pacífico que busca melhorias para os seus grupos e estou aqui com o mesmo propósito. Hoje, vemos na Seduc o interesse em atendê-las”, afirmou.
Além das obras nas escolas, os indígenas também colocaram em pauta a posse dos conselheiros de educação indígena eleitos para o próximo mandato. Foram escolhidos 16 conselheiros, entre titulares e suplentes, para representar as etnias do estado. A votação sempre é feita nas aldeias e esses representantes permanecem na função, a partir deste mandato, por quatro anos.
O secretário executivo, Edinho Fernandes, disse que foi importante ouvir sobre a situação atual da Educação nas comunidades Xerente. “A Seduc está presente nos 139 municípios do Tocantins e nas aldeias indígenas. Estamos dialogando com todos para entender a realidade e arrumar a casa. Temos um olhar sensível e vamos resolver, na medida do possível, a todas essas questões”, afirmou.
Em relação às obras nas escolas, o gestor adiantou que está sendo feito um plano estratégico para estudar as prioridades. Algumas obras mais urgentes já foram identificadas e autorizadas pela Seduc. Já o nome dos novos conselheiros serão publicados no Diário Oficial do Tocantins ainda esta semana e a posse deve ocorrer no final do mês de abril.
Uma das representantes do povo Xerente, Bruna Geralda Waikwadi, pediu ainda uma atenção especial da gestão quanto à capacitação dos educadores e à realização de concurso público para professores indígenas. “As demandas são muitas e não vão acabar, mas viemos aqui porque acreditamos que o diálogo é a chave para avançarmos na educação indígena”, finalizou.
Cristiano Viana/Governo do Estado