Educação começa receber uniformes produzidos com mão de obra carcerária

Maranhão

12.01.2021

A parceria firmada entre as Secretarias de Estado da Educação (Seduc) e de Administração Penitenciária (SEAP) continua rendendo bons frutos para o Maranhão. A Educação começou a receber os fardamentos escolares deste ano, referentes ao primeiro lote, produzidos com mão de obra carcerária. A entrega foi realizada, nessa quarta-feira (6), na Unidade Regional de Educação (URE) de São Luís. Neste primeiro lote, serão confeccionados quase 400 mil uniformes para serem distribuídos a estudantes dos Centros de Ensino, Educa Mais, IEMAs e das Unidades Integradas do Estado.

A ação fortalece o trabalho de ressocialização do apenado, promove novas oportunidades de vida e contribui para a valorização da educação pública no Maranhão, já que possibilita a oferta de fardamentos totalmente gratuitos para os estudantes.

O secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão, destacou a importância da parceria entre Seduc e SEAP para garantir oportunidades aos detentos e ressaltou, também, que a execução dessas atividades entre as secretarias fortalece a educação em todo o território maranhense.

“Mais uma ação muito importante, envolvendo as secretarias de Estado e que nos últimos anos vem produzindo bons resultados para o sistema prisional e para a Rede Estadual de Ensino. A confecção de fardamentos escolares é apenas uma das diversas atividades realizadas pelos apenados. Estamos dando mais um passo importante para a ressocialização dessas pessoas que necessitam de uma nova oportunidade e, também, visando ao fortalecimento da educação em nosso estado”, proferiu.

O convênio firmado entre as duas secretarias permite aos presos trabalharem na pavimentação de ruas, por meio do Programa Rua Digna, construção e reforma de escolas, faróis do saber e também na produção de carteiras escolares, assim como na sua recuperação, uma ação que coloca o Maranhão, mais uma vez, na vanguarda do trabalho de ressocialização.

“Essa parceria é de extrema importância, a gente conseguiu colocar cerca de 300 presos para trabalhar. É um montante de 750 mil camisas e sai ganhando a secretaria de Educação, a SEAP e a sociedade, porque você tem o preso trabalhando, a Seduc tem o fardamento a um preço menor, e a sociedade ganha porque o preso está sendo ressocializado”, expressou o Secretário de Estado de Administração Penitenciária, Murilo Andrade.

O trabalho executado por pessoas que cumprem pena no sistema penitenciário, além de promover sua profissionalização, possibilita a remição da pena. A cada três dias trabalhados, o preso tem direito a um dia de remição.