A implementação de novas políticas para inserir, de maneira estruturante, a cultura e arte na política estadual de educação paraense, norteou a criação de novo Grupo de Trabalho, que teve seu primeiro encontro realizado nesta quarta-feira (22), na sede da Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc).

Entre as pautas do novo grupo de trabalho estão: novo Plano Nacional de Livro e Leitura; conexão integrada das escolas com instituições culturais; título de notório saber para os mestres e mestras da cultura de tradição popular e a transmissão de seus saberes nas comunidades escolares; Acordo de Cooperação Técnica em torno das ações de formação artística e cultural no ensino formal (fundamental, médio e superior); construção de uma Política Nacional de Leitura e Escrita (Lei nº 13.696/2018) e a realização de um grande Seminário Estadual de Cultura e Educação.

 “A grande importância dessas ações é a democratização do acesso aos bens culturais e artísticos do nosso Estado. São formas de também se levar aos municípios das demais Regiões de Integração a cultura, corrigindo um processo de concentração dos recursos, que historicamente têm favorecido Belém e a Região Metropolitana. Essa parceria com a Seduc fomentará a democratização dos espaços da Fundação Cultural. Ademais, também realizaremos formação de redes de compartilhamento de diversas artes, articulando agentes públicos, privados e a sociedade civil”, informa o presidente da FCP, Thiago Miranda.

A Fundação Cultural do Pará tem por missão fomentar, preservar e difundir os bens culturais, assegurando o acesso às formas de linguagem de arte e ofício e o desenvolvimento das artes em geral mediante atividades nas áreas de ensino, extensão, experimentação e pesquisa, de forma a promover o homem como agente de sua própria cultura. É sediada em Belém e com alcance a todas as regiões do Estado.

Expertise - A FCP trabalha fundamentada em quatro diretrizes de incentivo à cultura: Formação, mediante cursos e oficinas de iniciação e aprofundamento em arte e ofício, sob diversas linguagens artísticas; Leitura e informação, por meio de cursos e programações voltados à universalização do acesso à leitura, às bibliotecas e aos suportes de registro da informação; Incentivo à cultura, na forma de editais, prêmios, leis de incentivo e linhas de financiamento para as diversas esferas de pesquisa, prática e produção da arte e do ofício em diferentes linguagens artísticas e socioculturais, e Programações e eventos, com extensa e diversificada programação artístico-cultural desenvolvida em seus prédios e espaços – teatros, cinemas, galerias, auditórios e praças internas.

“Hoje, tratamos de ações de um grupo de trabalho que discutirá as políticas públicas para que os nossos estudantes tenham acesso a equipamentos, acesso à cultura, música, dança, a arte em toda a sua essência. Portanto, com o apoio da Fundação Cultural e da Secretaria de Cultura viabilizaremos essa ação. A pauta é muito relevante, pois muitos dos nossos alunos muitas vezes não têm acesso a estruturas de cultura e a Fundação Cultural possui vários equipamentos e projetos de cultura que podem ser agregados à educação”, destacou o secretário de Estado de Educação, Rossieli Soares. 

Também estão na pauta do novo grupo de Trabalho a formação de gestores culturais e as aplicações das Leis 10.639/2003 e nº 11.645/2008 do estudo das histórias e culturas afro-brasileira e indígena, bem como da Lei 13.006/2014 da exibição de filmes de produção nacional nas escolas de educação básica.