Em Manacapuru (município distante a 68 quilômetros de Manaus), alunos da rede estadual de ensino, do Ensino Fundamental, participam do “Projeto de Recuperação de Aprendizagem: É tempo de ler e escrever”, idealizado pela Coordenadoria Regional de Educação. O projeto, que vem sendo executado há dois anos, tem como objetivo desenvolver as habilidades necessárias para a aprendizagem da leitura e da escrita. Atualmente abrange 17 escolas do município e busca recuperar o nível de aprendizagem dos estudantes  dos  ciclos do 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental e do 1º ao 6º ano do Ensino Fundamental II. 

Por meio de estratégias de recuperação que unem o lúdico, a diversão e a aprendizagem, a atividade acontece semanalmente nas escolas estaduais e utiliza materiais diferenciados, como jogos produzidos pelos próprios professores ou apostilas produzidas pelo programa Saber+, do Centro de Mídias do Amazonas (Cemeam).

A coordenadora do projeto e assessora pedagógica da CRE de Manacapuru, Meida Amaro, contou que os alunos participantes do projeto têm tido grandes avanços e  ficam felizes ao perceber o quanto evoluíram dentro do ambiente escolar.  

“Nós percebemos que, a partir dos resultados obtidos, foi possível minimizar o índice de alunos não alfabetizados, com isso garantimos às crianças o direito de apropriação do sistema de escrita. Os alunos têm direito a partir do 2º ano de estarem alfabetizados e queremos torná-los protagonistas, essa é a palavra-chave, que eles sejam protagonistas de suas próprias vidas, que é o que a escrita e a leitura fazem”, explicou a coordenadora. 

Metodologia que traz resultados

A professora Arilene Almeida, do 3º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Virgília Alexandre Maddy, é uma das que participa do projeto. A professora destacou a metodologia diferenciada do projeto e como vem dando resultados, uma vez que essas metodologias conseguem prender a atenção dos estudantes e os estimula a aprender.

“Trabalhando com a turma do 3° ano,  eu utilizo várias  metodologias como: alfabeto móvel, sílabas móveis, pista da leitura, soletrando, entre outras, tudo com interesse e objetivo em despertar  o interesse da criança. Estamos tendo nossos objetivos alcançados e as metodologias estão dando muito certo. Eu estou muito feliz, amo trabalhar com essas metodologias”, falou a professora.

O estudante Pedro Henrique Guedes, 11 anos, que está no 5º ano do Ensino Fundamental na Escola Estadual Jamil Seffair (CMPM IX) falou sobre como o projeto o ajudou, tanto na Língua Portuguesa, com a escrita e a leitura, quanto na Matemática, com a parte de cálculos, e destacou o apoio de mãe na realização das atividades.

“No início do ano eu tinha muita dificuldade, mas com a ajuda do projeto eu consegui ler texto e fazer contas. Eu gosto de ler texto em quadrinhos e a minha mãe gosta de me ajudar com as minhas leituras e minhas atividades”, contou Pedro Henrique. 

Sobre o projeto

O projeto está dividido em quatro etapas: diagnóstico, histórico, reunião e acompanhamento. Primeiramente é feito o “diagnóstico dos alunos” que possuem dificuldade na leitura e na escrita, então são realizados testes com materiais lúdicos para verificar em qual nível de aprendizagem os estudantes estão. 

A segunda etapa consiste em avaliar o “histórico dos estudantes”, verificar a evolução deles e quais os possíveis problemas que geraram essas dificuldades, então a partir daí traçar metodologias de ensino. O terceiro passo é a “reunião com os professores”, onde cada um deles define qual será a forma de ensino que se encaixa melhor com o seu público-alvo, além de uma reunião com os pais dos estudantes identificados.

Por último é feito o “acompanhamento”. A coordenadoria faz a verificação bimestralmente das escolas que estão dentro do programa para avaliar a evolução dos estudantes, utilizando os materiais lúdicos que os professores usam para trabalhar com os alunos. 

FOTOS: Divulgação/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto

Informações para a imprensa: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Educação e Desporto: Gisa Prazeres (92 98124-2626) e Mônica Figueiredo (92 98100-8787)