Tocantins
25.08.2021Alcione Luz/Governo do Tocantins
Para reforçar o combate ao trabalho análogo ao escravo e conscientizar a comunidade escolar sobre o risco e a gravidade dessa prática, o Colégio Estadual Agropecuário de Almas lançou, nesta segunda-feira, o projeto Escravo, nem Pensar!. As ações relacionadas ao projeto serão desenvolvidas no segundo semestre de 2021, por meio do componente curricular de História, e de forma interdisciplinar com atividades e projetos pedagógicos sobre o tema com estudantes e comunidade.
O projeto foi apresentado aos servidores da unidade de ensino pela gestora Marizete Cardoso, a coordenadora pedagógica Tatiane Gonçalves e a professora Suelda Valadares. O lançamento estava previsto no Projeto Político Pedagógico (PPP) do colégio, proposto pela Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc).
Para o lançamento do projeto, a escola contou a parceria do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do município de Almas. No encontro, a assistente social Sueli Costa Gomes destacou a importância da escola em desenvolver esse tipo de atividade pedagógica e explanou aos servidores sobre a relevância do projeto para o aprimoramento das políticas públicas de combate a essas situações.
Suelda Santana Pereira Valadares, professora responsável pela ação, destacou que a mobilização na escola visa difundir o conhecimento sobre esses tipos de violações de direitos humanos. “O combate ao trabalho escravo e ao tráfico de pessoas deve abranger várias iniciativas que enfrentem as múltiplas causas e as consequências dessas situações, entre elas, conscientização e informação sobre o trabalho decente, educação e preparação para o mundo do trabalho, enfrentando os efeitos negativos dos direitos violados, dentre outras ações que contribuam para erradicar essas situações, e a escola é uma parceria indispensável nesse processo”, elencou.
Para Tatiane Gonçalves Pereira dos Reis, coordenadora pedagógica da unidade, o projeto será importante instrumento de aprendizagem aos estudantes. “Infelizmente, o trabalho escravo ainda é presente no mundo inteiro. Meu pai é prova viva dessa situação e tem apenas 52 anos. Além de ser uma violência, essas formas de trabalho advêm negativamente na aprendizagem dos estudantes que estejam nessas condições, e podem ser responsáveis ainda pelo abandono e evasão escolar”, pontuou.
Escravo, nem Pensar!
Escravo, nem pensar! é o programa educacional da ONG Repórter Brasil fundado em 2004, com o objetivo de promover o engajamento de comunidades vulneráveis na luta contra o trabalho escravo e o tráfico de pessoas, por meio da educação, com capacitação de professores e lideranças populares, em diversos estados, incluindo o Tocantins.