CIÊNCIA NA PRÁTICA : Cerca de mil estudantes participaram sábado de competição de lançamento de foguetes

Roraima

15.07.2019

Por: Albani Mendonça 

Foto: Neto Figueredo

Estudantes do Ensino Médio da Escola Estadual Ayrton Senna participaram, na manhã deste sábado, 13, no Parque Anauá, de uma competição de lançamento de foguetes de garrafa PET. A atividade envolveu alunos das três séries do nível médio e serviu também como treinamento para a equipe que participará em novembro deste ano, no Rio de Janeiro, da Mostra Brasileira de Foguetes.

Conforme o professor de Física da unidade educacional, Gilson Teixeira, os estudantes que participarão da olimpíada nacional alcançaram o índice de mais de 100 metros no lançamento dos foguetes, que são produzidos com garrafas PET e utilizam um combustível feito da mistura de vinagre e de bicarbonato de sódio. Além disso, as equipes constroem também a base para lançamento, que pode ser feita de tubos de PVC, madeira ou ferro.

“Aproximadamente mil estudantes dos dois turnos, matutino e vespertino, participam das atividades hoje, porém somente algumas equipes competem. Alguns já obtiveram índice para participar da Mostra Brasileira de Foguetes. Agora seguimos aperfeiçoando mais o projeto, que avalia todas as situações físicas envolvidas, para ir corrigindo. Aqui está sendo contabilizado o maior alcance dos foguetes na horizontal. Quem conseguir o maior alcance ganha a competição”, explicou Gilson Teixeira.

“Tudo o que está acontecendo aqui já foi visto na sala de aula. A parte teórica já foi repassada. No lançamento oblíquo, existe uma equação física com parâmetros como velocidade inicial e ângulo de partida, que têm essa dependência direta com alcance horizontal e com a altura alcançada pelo foguete após o lançamento. Este tipo de experiência endossa a literatura, a teoria existente, porque tudo tem sentido”, reforçou o professor.

Conceitos da Física, da Astronomia e de outras ciências ganham vida neste tipo de experiência e mobilizam alunos como Maycon Vieira, de 17 anos. Estudante do terceiro ano, ele pretende ser engenheiro civil e participou de uma equipe com cerca de dez estudantes para construção de um dos foguetes da competição deste sábado.

“Esse experimento vai me ajudar muito nos cálculos de área e de distância. Pra quem gosta de mexer com Química, com Física, conhecer sobre medida de tempo, de distância, entre outras, é uma boa experiência”, enfatizou.

“Não gostava muito de Matemática, mas, depois desse projeto, mudei de opinião, porque podemos ver o sentido que tem estudar essa ciência. Aquela pessoa que classifica Matemática, Física e Química como disciplinas chatas, depois da prática, passa a considerá-las legais”, disse o também estudante do terceiro ano, Jean Pio, que tem 17 anos e pretende se formar em Química.

“É uma experiência que vou levar para a vida”, enfatizou Laiza Pires, de 15 anos, estudante do primeiro ano do Ensino Médio, que pretende ser engenheira civil. “Foi incrível. Montei o foguete com outras pessoas e acabou que a sala toda cooperou”, afirmou a aluna. Ela trabalhou cerca de um mês com sua equipe para efetivação da construção e do lançamento do artefato.