Tocantins
25.11.2021O Centro de Ensino Médio Tiradentes realizou nesta quarta-feira, 24, a culminância da Semana Nacional da Consciência Negra, com a entrega de prêmios aos estudantes vencedores do concurso de fotografia denominado Orgulho de ser. Foram premiadas as alunas Nágila Santos, que ficou em 1º lugar, com R$ 100,00; a estudante Flávia Milhomem, em 2º lugar, que recebeu R$ 50,00; Rute Vitória, em 3º lugar, com o valor de R$ 25,00, e Júlia Hannah, que ficou com o 4º lugar e recebeu R$ 20,00.
A escola promoveu uma programação diversificada com o objetivo de fazer os estudantes analisarem a questão do negro na sociedade atual, sua contribuição no passado e as projeções futuras, para que os alunos analisassem a questão do preconceito, dos desafios e das vitórias.
A escola promoveu palestras, exibição de documentários, e os estudantes foram incentivados a produzirem poesias, vídeos e fotos, que evidenciaram a importância do negro na formação da sociedade brasileira.
A diretora Lucilene da Silva Carneiro compartilhou com os alunos um pouco de sua história. Falou sobre o orgulho de ser negra e destacou momentos de sua vida profissional e de sua caminhada. “Eu tinha insegurança em assumir, perceber e me reconhecer negra, mas com conhecimento, esclarecimento e estudo pude empoderar minhas convicções, ideologias e posicionamento social e profissional. Hoje tenho orgulho de minha cor e ressignifico meu protagonismo existencial em todas as dimensões sociais da minha vida, esclarecendo, informando e auxiliando outros que têm essa insegurança, esse medo de assumir a sua identidade e sua cor”, destacou.
A estudante Nagela falou da relevância do projeto. “É muito importante que nós jovens sejamos protagonistas de nossas vidas e possamos assumir o que nos constitui, o que faz parte de nós e, assim, poder mostrar à sociedade que o preconceito não é legal, não é bom, pois somos todos iguais em nossas diferenças”, frisou.
A aluna Júlia Hannah ressaltou as aprendizagens. “Eu me esforcei e é importante lutarmos e ter orgulho do que somos, vivemos e fazemos. Precisamos mostrar à sociedade que o preconceito não é bom e que machuca”, comentou.
A coordenadora da área de Humanas, Ilda Neta Silva de Almeida, que reuniu os professores para organizar o evento também comentou sobre a atividade. “A Semana da Consciência Negra é um momento de reflexão sobre a exclusão, o preconceito, a falta de informação e o quanto é importante compartilhar experiências que, infelizmente, ainda hoje é presente nos contextos de vivências: O preconceito social explícito e velado. Vivemos um tempo de muita ênfase no ódio e precisamos, juntos, ressignificar a vida”, afirmou.
Josélia de Lima/Governo do Tocantins