Secretaria da Educação do ES
05.02.2020O ano letivo de 2020 começou, nesta terça-feira (04), também para os alunos da primeira Escola Estadual Indígena de Ensino Médio Caeiras Velha, em Aracruz. Uma aula inaugural marcou o início das atividades, com a presença do secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo.
Também participaram das atividades a gerente de Educação do Campo, Indígena e Quilombola, Valquíria Santos Silva e a subsecretária de Educação Básica e Profissional, Andrea Guzzo.
A abertura da Escola Estadual Indígena é de suma importância para a garantia dos direitos de um ensino de qualidade e da equidade no ambiente escolar para os estudantes indígenas. Até então, os alunos indígenas eram atendidos apenas com o Ensino Fundamental. A Escola Aldeia Caieiras Velha foi criada pela Portaria n° 155-R, de 30 de setembro de 2014, e inaugurada no dia 30 de dezembro do mesmo ano. Contudo, a escola não foi aberta de fato.
Durante a cerimônia, o secretário Vitor enfatizou a alegria de abrir o ano letivo nesta escola. “Estamos muito felizes em estarmos aqui hoje, neste ato tão solene, carregado de simbolismos, ao abrir a primeira Escola Estadual Indígena. Simbolismo pelo público que esta escola atende e simbolismo por corrigirmos, aqui, um grande erro desta escola não ter sido aberta em 2015, sendo que já havia sido estabelecida a abertura, anteriormente, pelo governador Renato Casagrande, através de portaria. Então, quero reforçar a nossa satisfação em estarmos aqui com vocês e desejar aos alunos um excelente ano letivo”, disse.
A unidade de ensino oferece o Ensino Médio Regular e atende a alunos aldeados, majoritariamente da Aldeia Caeiras Velha, a maior do Estado do Espírito Santo, com aproximadamente 500 famílias.
Na região, predominam as etnias Tupiniquins e Guaranis. A expectativa é de que até o segundo semestre seja implementada a Educação de Jovens e Adultos (EJA). A Secretaria da Educação (Sedu) estruturou a escola conforme orientações nacionais que fixam diretrizes para o funcionamento de uma unidade de ensino, atendendo a especificidades das diretrizes curriculares para a educação escolar indígena.
Conforme prevê a legislação, será aplicada uma organização curricular diferenciada, que priorize a cultura, os modos de viver, as tradições e os conhecimentos desses povos em constante diálogo com os conteúdos previstos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).