Interessados pelo mundo dos cálculos e conhecimentos matemáticos, os estudantes da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) mais uma vez se destacaram com aprovações para curso de engenharia e arquitetura nas instituições públicas de Ensino Superior.

As aprovações vieram por meio da divulgação do resultado do Sistema de Seleção Unificada- Sisu, pelo Ministério da Educação, na última quinta-feira (31).

“Exatas sempre foi minha paixão. Aprendi a somar e subtrair antes mesmo de aprender a ler direito “, assim revela a estudante Maynara Gomes da Silva, aprovada no Sisu para o curso de Engenharia Civil na Universidade Federal do Piauí (UFPI) na ampla concorrência.

Maynara concluiu o Ensino Médio na Unidade Escolar Dr. José Ribamar Lopes, escola localizada no município de Nossa Senhora de Nazaré, distante 113 quilômetros de Teresina.  

A paixão pelos números resultou, ainda no Ensino Médio, na medalha de ouro do Torneio de Matemática das Escolas Estaduais do Piauí (TME²) e, agora, ela comemora aprovação no curso que sempre quis. “É um sentimento de gratidão a Deus e todas as pessoas que me apoiaram durante o processo. Nunca me vi em outro curso. Desde criança sonho em ser Engenheira Civil”, comemora.

A jovem sempre contou com o apoio dos pais, Raimundo Antônio Moreira Silva e Maria Creuza Gomes Silva, para que a filha tivesse tranquilidade nas horas de estudos. “Os meus pais sempre foram muito prestativos em relação à minha educação. Além disso, a minha irmã me motivou a me preparar para o Enem desde o primeiro ano do Ensino Médio”, disse.

A estudante alternava a rotina de estudos entre o apoio dos professores na escola e da família em casa.  “Durante a semana eu estudava em casa pela manhã, pois a minha escola é no turno da tarde, e à noite eu retornava para a rotina de estudos. Nos sábados, passava o dia na escola em um cursinho preparatório para o Enem. Minha rotina era fazer simulados todas as semanas para avaliar o meu desempenho”, comentou Maynara.

Maynara fala de suas expectativas na vida acadêmica. “É de muita ansiedade, porque desejo me qualificar ao máximo na área de engenharia civil e conhecer a universidade”, disse a calora.

O ingresso no mundo dos cálculos é um sonho realizado para o jovem Roniel Vilela de Sousa. O aluno do CETI Raldir Cavalcante Bastos, em Teresina, conquistou o 2º lugar, entre os candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, para o curso de Engenharia Civil na Universidade Federal do Piauí (UFPI).

“Desde pequeno, eu sempre gostei de Matemática e escolhi cursar Engenharia Civil por envolver análises e números que é algo que me interessa”, conta. A emoção tomou conta de Roniel ao ver seu nome na lista de aprovados do sonhado curso. “De início eu não acreditei, depois chorei muito e por fim comemorei. Saber que eu conquistei algo que parecia distante para mim foi muito emocionante”, lembra Roniel.

Os sinais do futuro promissor de Roniel mostraram-se ainda no Ensino Médio ao conquistar medalhas de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) 2022, no I Torneio de Matemática das Escolas Estaduais do Piauí (TME²) e medalha de cristal na Olimpíada Nacional em História do Brasil.

Para obter a vaga, o estudante elaborou uma agenda de estudos desde a 1ª série do Ensino Médio. A preparação resultou na pontuação de 980 na redação do Enem. “Durante o ano eu me preparei tanto com as aulas de um curso de Redação que foi oferecido no CETI Raldir Cavalcante Bastos, quanto com a prática em casa. Mas eu me surpreendi com a nota porque não imaginava que me sairia tão bem, a ponto de quase atingir o 1000”, revelou.

As gêmeas Ana Caroline Brandão e Ana Beatriz Brandão compartilham a paixão pela mesma área: a matemática. Com foco e a preparação do Centro Estadual de Tempo Integral (CETI) João Henrique de Almeida Sousa, elas conseguiram o que tanto queriam e foram aprovadas no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Piauí (UFPI).

“A área das exatas, na verdade, nos traz satisfação durante a resolução dos problemas, principalmente, quando os cálculos fluem. Nunca tivemos dificuldade nesse campo”, comentou Carolina.

No Ensino Médio as irmãs acumularam destaques nas olimpíadas de conhecimento. Ana Beatriz conseguiu uma medalha de ouro na Olimpíada Piauiense de Língua Portuguesa (OLINPI) e Ana Caroline uma menção honrosa na Olimpíada de Ciências.

Agora elas projetam um futuro promissor juntas na mesma área. “Estamos ansiosas. Esperamos ficar na mesma turma para podermos juntar nossas ideias e trabalharmos juntas, como geralmente fazemos”, disse Beatriz.

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