A décima edição da Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (FECIBA), que se encerra nesta quinta-feira (10), na Arena de Esportes de Esportes, em Lauro de Freitas, é mais uma oportunidade de os estudantes da rede pública estadual mostrarem seu potencial criativo, sob a orientação dos seus professores, em projetos de grande alcance social e que trazem soluções inteligentes para diversas questões do cotidiano. Dentre os 270 projetos de iniciação científica apresentados pelos mais de 1.500 alunos participantes da feira promovida pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), muitos deles tiveram como foco as áreas de Inovação, Sustentabilidade e valorização patrimonial.

Com o projeto “Dispositivo anti-impacto para pessoas com deficiências visuais severas ou cegas”, por exemplo, os estudantes Maycon Douglas Neves, 16, e Davi Alves, 15, ambos cursando o 1º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Adonias Filho, em Itabuna, apresentaram, na FECIBA, uma tecnologia arduíno capaz de sinalizar ao público alvo o iminente risco de impacto em suas cabeças, proporcionando segurança nas suas atividades básicas. “Nestes óculos inteligentes, acoplamos um sensor de distância e, por meio de uma programação, sempre que a cabeça estiver a 60 cm de algum obstáculo, um sensor sonoro emitirá um som de aviso. Ficamos muito felizes com esta possibilidade de promover qualidade de vida às pessoas com deficiência visual”, explicam.
 
>> Acompanhe mais fotos aqui
 
Entre os projetos voltados à valorização patrimonial e cultural, destaque para o trabalho protagonizado pelas estudantes Poliana Reis, 17, e Jéssica Silva, ambas do 3º ano do Colégio Estadual de Casa Nova, no município de Casa Nova. Intitulado “Valorização da Feira do Bode de Casa Nova, o projeto foi construído com o objetivo de valorizar a tradicional feira do município, considerado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como o maior produtor de caprinos e ovinos do país. “Nosso projeto mostra a produção de caprinos e ovinos na nossa cidade como uma importante atividade social e econômica. Mas a Feira do Bode de Casa Nova ainda não possui as condições sanitárias, de infraestrurura e de segurança adequadas para uma boa comercialização dos animais. Estamos atentas ao projeto da Secretaria Municipal de Agricultura de modernização da feira”, destacam as alunas. 
 
Moniele Pereira e Keyse Gordiano, ambas de 16 anos e estudantes do 2º ano do curso técnico de Análises Clínicas, do Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP) do Sisal II, representaram sua equipe no projeto “Laboratório sustentável de análises clínicas”, que tem como o objetivo inovador e sustentável de construir equipamentos, como centrífuga e homogeneizador de sangue, a partir de reaproveitamento de aparelhos e materiais sucateados, contribuindo para a redução de impactos negativos ao meio ambiente. “Laboratório é um equipamento caro, mas que possui grande importância social. Criamos uma alternativa mais barata, construída com objetos como motor de ventilador e forma de bolo, em desuso, que pode ser adotada, por exemplo, nas escolas”, disse Kleyse. A colega Moniele completou: “Técnicos da área que passaram em nosso stand aprovaram, nos deixando muito felizes”.